sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Samba no pé, Carnaval em nossas mãos

Comentários sobre os Sambas de Enredos das Escolas de Samba de Juiz de Fora

Gleyson Custódio
Grupo B

UNIDOS DAS VILAS DO RETIRO
Enredo: "Juiz de Fora - A pioneira Manchester de Minas Gerais"
Um samba para falar de Juiz de Fora, um tanto nostálgico, pois retrata a cidade de uma forma que ela não será. Pelo visto o enredo irá contar apenas o passado da cidade e não irá dizer sobre como está a cidade hoje (não entrarei em detalhes). Bom, analisando o samba pode-se ver que resume bem o que foi Juiz de Fora, mas vale ressaltar um pouco de incoerência na melodia. Praticamente todos os versos do samba é cantado de forma pausada (Canta um verso, espera um tempo, e canta outro verso), isso é correto, entretanto a pausa desses versos é muito grande, talvez esse pequeno detalhe não aconteça na avenida porque estamos avaliando uma gravação de CD que precisa de um andamento pouco mais lento.
Em relação a letra em acordo com o enredo pode passar despercebidos pelos jurados (são do RJ) por não conhecerem nossa cidade. Primeiro um verso que serve para emendar a melodia do samba como: “sua culinária de sabores sem iguais”, claro que para rimar com “Cafezais”, levando em consideração que Juiz de Fora não tem uma culinária própria que possa trazer turismo. Outro ponto interessante a analisar é no verso “Domésticas, Turunas, tradições do carnaval”, ora e a Feliz Lembrança a segunda escola de samba de JF? Dou como certo que na avenida o samba vai entrar diferente em relação a melodia do que no CD.

UNIÃO DAS CORES
Enredo: "Sou Feliz, ninguém mais feliz que eu , Bahia, o Senhor do Bonfim me atendeu"
Quando alguma escola de samba escolhe um enredo sobre a Bahia, tem que principalmente ver qual será a linha de desenvolvimento do enredo. No caso da União das Cores vários temas foram mesclados no enredo, porém no samba de enredo da escola a maioria de seus versos falam de candomblé ou algo parecido. 3 versos falam o restante do enredo são: “Da culinária eu também quero provar/ Atrás do trio elétrico / Eu vou me acabar”. Este samba não cairá bem se os jurados forem muito rígidos (Algo que não vou acreditar no carnaval de JF). A melodia é muito boa, mas é quebrada para emendar estes tais 3 versos do restante do enredo. 
Ouvi dizer que este samba é modificado, pois quando houve o concurso para escolha ele venceu com versos apenas de candomblé, dentre outras polêmicas que envolvem outro concorrente da disputa.
                                                                                                          
ACADÊMICOS DO MANOEL HONÓRIO
Enredo: "Do luar que clareia a academia, histórias, magias, mistérios e lendas fascinantes".
O samba do Acadêmicos tem uma letra muito bem elaborada, um samba interpretativo contando todas as crenças e verdades sobre a lua, mas não posso dizer o mesmo da melodia. O primeiro refrão começa arrastado, como nos versos “Feminiiiina” “Maaaaajessstoossaa!!!!”. Este refrão começa em um tom médio, o samba recomeça em um tom baixo e arrastado os dois primeiros versos “Lua esplendor do firmamento/ Mexe com meu sentimento” e quebrando a variação melódica. Um verso muito rápido em relação aos anteriores “Do jeito que move as Ondas do Mar”, na avenida será um samba que sofrerá alterações em sua melodia justamente para não ter esse “arrastamento” do samba, o que não estraga toda a beleza poética.

RIVAIS DA PRIMAVERA
Enredo: "A saga do café em terras brasileiras"
Venho confessar que nos últimos dois anos a Rivais vem trazendo sambas muito bons. O deste ano é um dos melhores sem dúvida. Conta a história do café em uma melodia e letra fácil de guardar e cantar, um samba em tom alto e na voz do Gê de Ogum que tem uma voz típica de um “puxador de samba”, (Me perdoe mestre Jamelão) a voz rouca é que dita o ritmo do samba. Enfim, este samba pode levantar a avenida pelo seu tom alto, vamos ver como sairá no desfile.

TURUNAS DO RIACHUELO
Enredo: "A,E,I,O Urca"
Este sem dúvida é o melhor samba do ano de 2012. Um samba que brinca com seu enredo em suas variações melódicas perfeitas, refrões com versos curtos e fáceis de guardar. Um samba em tom alto e que também levantará a avenida. É tão bom que não tenho palavras para definir. Tenho duas curiosidades neste samba, nos primeiros anos de competitividade do carnaval em JF, era apenas Turunas e Feliz lembrança, tenho absoluta certeza que se este samba tivesse sido feito nessa época da disputa entre duas escolas, não teria o verso “Por ser Turunas eu sou mais Feliz”,  talvez o autor não pensou nisso, mas é muito interessante. 
Outro ponto em relação a faixa do CD que eu achei até um pouco engraçado é o interprete Ary Arantes imitando o grito de guerra do intérprete Carlos Júnior de SP da Império da Casa Verde “Meu povo, minha gente, minha raça minha Escola (Ary fala Comunidade), Alô povão da Azul e Branco... Pra Alegria do meu povo vai começar Tudo de novo” até que o grito de guerra é legal, mas gravar isso em um CD de JF não ficou interessante Contudo, isso não estraga o melhor samba de 2012 na minha opinião, Parabéns Juliano, Lelo, Ronaldo e Aice NP.

JUVENTUDE IMPERIAL
ENREDO: "Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima".
Desde o último titulo da Juventude Imperial (que no caso dividiu com outras 2 agremiações em 2006) não se fez um samba de enredo digno da escola. O samba de 2012 mais  um exemplo. No primeiro refrão começa em: “Juventude é raça, é paixão” até aí tudo bem, mostra que o restante do refrão continuará do mesmo nível, mas a expressão “Sacudo a poeira”, apesar de estar nas normas de nossa Língua Portuguesa, ficou feia no samba. Pelo visto a escola está contando a própria história para voltar de onde não deveria ter saído. 
O samba começa com um verso muito legal: “Lá do alto, bem pertinho das estrelas” se referindo aos bairros do reduto da escola, que na maioria são em morros.
Este samba retrata alguns enredos históricos da Juventude, o que me deu a impressão de um samba remendado e quebrando a melodia no verso “E a Juventude Com seu Tarol” lembrando a melodia desse samba épico.                                                           

GRUPO C
VALE DO PARAIBUNA
Enredo: "O negro é Arte na Bahia"
Mais um enredo falando da Bahia. Em relação ao samba da União das Cores, está mais completo, e como disse no comentário do samba da União: Se vai falar da Bahia, tem que ser específico. Neste caso, a Vale do Paraibuna vai falar do negro na Bahia, e sua letra ficou totalmente coerente com o enredo.
Um samba curto e de fácil entendimento. Entretanto, há incoerências nos versos “O negro é arte na Bahia / É cultura Milenar”, em um país de 510 anos não temos uma cultura milenar, posso interpretar que essa cultura é da África, o que pode fugir do enredo.


Antes de comprar o CD já estava pensando em como começar a coluna de comentários sobre os sambas das agremiações juiz-foranas, iria falar da mesmice da produção do CD em relação ao áudio de fundo, exceto os acordes. Porém estava enganado, o CD de 2012 é o melhor produzido desde o ano de 2006, desde a capa até as músicas gravadas, mas infelizmente vale ressaltar alguns defeitos no encarte, como o termo “Samba Enredo”.
Embora há discussões sobre qual termo é correto, o “Samba de Enredo” é o termo mais utilizado. “Samba Enredo” pode nos dar uma ideia que o samba e o enredo seriam a mesma coisa se fosse o próprio carnavalesco que o faria. O samba feito de alguma proposta (o enredo no caso) é o “Samba de Enredo” porque o samba pode não obrigatoriamente contar detalhadamente o enredo.
Outro ponto negativo no encarte foi que em algumas letras faltam versos e as marcações dos refrões são equivocadas. Contudo, esse é o encarte mais bonito visualmente desde a era do CD do carnaval da nossa cidade.
Para a análise dos sambas segui os critérios do Manual do Julgador da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA)do ano de 2011, quesito Samba-Enredo, disponível em: http://liesa.globo.com/2012/por/03-carnaval12/manual/ManualdoJulgador-Carnaval2011.pdf
Segundo o Manual do Julgador da LIESA (Lembrando que não tenho nenhuma influencia sobre a LIESJUF que segue seu próprio método de avaliação):
No Quesito Samba-Enredo o Julgador irá avaliar a Letra e a Melodia do Samba-Enredo apresentado, respeitando-se a licença poética.
A letra poderá ser descritiva ou interpretativa, sendo que a letra é interpretativa a partir do momento que contar o Enredo, sem se fixar em detalhes.
A adequação da letra ao enredo; sua riqueza poética, beleza e bom gosto; a sua adaptação à melodia, ou seja, o perfeito entrosamento dos seus versos com os desenhos melódicos.
Na melodia avaliar as características rítmicas próprias do samba; a riqueza melódica, sua beleza e o bom gosto de seus desenhos musicais; a capacidade de sua harmonia musical facilitar o canto e a dança dos desfilantes.
Para esta primeira publicação os comentários serão das Escolas do Grupo A e consequentemente na próxima sexta-feira terão os comentários dos sambas das Escolas do Grupo B e C.
Eis nossas obras primas:
Grupo A     MOCIDADE ALEGRE DE SÃO MATEUS
Enredo: “Se as flores pudessem eleger uma rainha, esta só poderia ser a rosa”
Samba leve e de fácil entendimento do enredo, e com belas variações melódicas, principalmente na primeira parte do samba, no verso: “vem viver então um mar de rosas” até “Afinal, seja de ouro, seja flor-mulher”. Os dois versos subsequentes quebram um pouco a beleza do samba: “A preferida é assim/ A mais linda do Jardim”. Esta rima foi um pouco forçada (Assim com Jardim), se fosse levar ao pé da letra a palavra “Assim” não existiria ficando: “A preferida é a mais linda do Jardim”.
Um ponto muito positivo desse samba seria sobre o entendimento do refrão:
“Hiroshima-rosa do passado”: Nome de uma das bombas atômicas que atingiu a cidade de Hiroshima, fato que determinou o fim da II Guerra Mundial matando milhares de pessoas.
“Rosas de Saudade, nem pensar”: Primeiramente interpretei como se fosse a “rosa do passado” citado no verso acima, entretanto pode-se interpretar também como as rosas levadas aos túmulos dos entes queridos.
“Quero você sempre ao meu lado / Sorrir, Curtir, Sonhar, Brincar”: A meu ver se trata de uma licença poética, onde eu não vi nenhuma adequação ao enredo, a menos que se trate de uma declaração de amor também representada da rosa, apesar deste verso não ser muito bom ele não estraga todo seu refrão que ficou muito bonito.
Este é um típico samba descritivo onde podemos saber de detalhes do enredo apenas lendo o samba.


UNIDOS DO LADEIRA
Enredo: “Clara, clareia, Clareou 70 anos da guerreira”
1984 o ano do Ladeira, década onde as composições eram épicas. Na época Clara Nunes foi homenageada no ano seguinte a sua morte. No mesmo ano, a GRES Portela foi campeã com enredo parecido que homenageava Paulinho da Viola, Natal da Portela e Clara Nunes. Nesta época o Ladeira foi campeão homenageando a guerreira. Não estou afirmando quem ganhará o campeonato, porque neste ano as duas agremiações irão homenagear Clara Nunes, o ladeira falando diretamente e a Portela homenageando a Bahia e sua mais admirada portelense.
Com comentários de coincidências vou citar apenas dois versos do Ladeira retratando todo o momento de 2012:
“Hoje Volto a Avenida”: E realmente voltou, trazendo Clara Nunes e esse samba antológico. Parece que esse samba foi feito em 1984 para também ser cantado em 2012 comemorando os 70 anos da “Deusa dos orixás”, não há momento melhor.
Outro verso que dispensa comentários:
“A vida Escureceu
Quando você partiu
O samba emudeceu
Apenas o infinito sorriu”: Apenas o infinito, apenas o céu sorriu de alegria por receber Clara, certamente da mesma forma que Martinho da Vila disse quando fez o Samba de Enredo do ano de 2010 para a GRES VILA ISABEL. Digo que: Clara de alguma forma ajudou a fazer este Samba, assim como deve ter ajudado a fazer o da Portela de 1984 e o 2012 considerado o melhor do ano.

PARTIDO ALTO
Enredo: “Amore Mio. Partido canta a Itália na avenida”
Pelo tamanho do samba podemos observar que trata-se de um samba descritivo, entretanto é difícil colocar todas as informações de um enredo no samba. Quando isso acontece temos um samba “remendado” como se fosse uma colcha de retalhos. apenas lendo a letra do samba vimos que tem muita informação e algumas dúvidas sobre suas interpretações.
Pelo samba não consigo entender se o enredo fala da Itália, dos Italianos, dos artistas italianos ou dos imigrantes. Enredo com essa grandeza toda certamente poderá faltar algo em relação ao desfile apresentado, mas isso não vem ao caso.
A melodia do samba muda de verso em verso. Na primeira parte é de uma forma, no refrão é de outra, e no fim do samba é de outra forma. Um ponto que atrapalhou o samba é o verso do refrão “Requinte Beleza”, que melodicamente foi cantado separado e tendo um entendimento que são duas coisas totalmente diferentes. Entretanto, na ocasião, as duas palavras juntas terão apenas um significado.
No CD o samba ficou um pouco enjoativo para ouvir, mas certamente na avenida ficará mais animado, já que na maioria das faixas do CD deste ano, os sambas estão sendo cantados em um tom menor do que é cantado na avenida.
Outro verso que me deixou confuso foi “Alcapone...O poderoso chefão/tem seu nome na história/ Desse povo fiel à religião/ vindo de terras distantes (...)”
Do grande mafioso a letra já puxou para os imigrantes de uma forma muito rápida, quebrando a sequência melódica do samba.

REAL GRANDEZA
Enredo: “Perfume, fonte de desejos, sintonia de humor, amor e paz”
É difícil encontrar um samba em que os dois refrões são bons. Este é o caso desta composição. Muito boa a variação melódica do primeiro refrão no verso: “Quando eu voltar lançar perfume no ar/ Não quero ser qualquer um / ora Iê Iê mamãe oxum”. Verso que pode empolgar seus componentes e quem está assistindo o desfile. No segundo refrão os compositores usaram o nome da escola misturando-a no samba “Sua Essência é REAL”, um samba curto e direto sem se preocupar em colocar todos os elementos do enredo, um samba interpretativo que vai facilitar muito bem o entendimento do enredo na avenida.

MOCIDADE INDEPENDENTE DO PROGRESSSO
Enredo: “As belas histórias que vovó contava”
Este samba é muito agradável de ouvir e muito criativo. Cria ligações entre histórias infantis como o Lobo Mal, por exemplo, personagem dos “Três Porquinhos” e da “Chapeuzinho Vermelho”. Esta criação procurou descrever todas as histórias compostas no enredo da escola que foram se encaixando perfeitamente na melodia. Se observarmos o samba começa com o “Era uma vez” e termina com “Felizes para sempre”, como nas histórias.
Outro ponto muito interessante no samba é o último verso do segundo refrão: “Branca de neve, os sete anões e a maçã”. A maçã teve um destaque especial, se for analisar mesmo pela história da “Branca de Neve e os Sete Anões”. O conto rola todo em torno da maçã envenenada pela bruxa. Este samba tem tudo para crescer na avenida também.

FELIZ LEMBRANÇA
Enredo: “Pode ser liso, crespo ou ondulado, mas todos querem um bom penteado”
Um dos pontos negativos deste samba são as pausas entre as palavras dos versos. No primeiro refrão temos mais um típico caso de rima forçada no verso: “Trata bem cabelos assim” para rimar com PIXAIM do verso anterior. Esta rima forçada quebrou um pouco da interpretação textual do samba e nem podemos considerar como uma licença poética, pois “Trata bem cabelos assim” como? De que jeito? Restou uma incógnita nessa interpretação. A adequação torna-se válida apenas se considerar o seguinte entendimento: “a tricolor mais querida trata bem os cabelos, crespos, lisos, ondulados...”

O coração das escolas de samba de Juiz de Fora

Gleyson Custódio


Não há quem fique parado quando uma bateria de escola de samba passa pela avenida. O coração da escola que dita o ritmo do desfile durante seus 70 minutos, em Juiz de Fora, deve passar impecável aos olhos dos jurados, porém, nas últimas duas décadas as baterias das escolas de samba da cidade vêm perdendo a técnica e originalidade de cada agremiação. Por que isso?

Ora não se sabe ao certo o motivo, mas os anos em que não houve desfiles carnavalescos na cidade (1989, 1991, 1992, 1993, 1996, 1999) e várias idas e vindas da Av. Rio Branco para a Av. Brasil, foram cruciais para o início da decadência que vemos hoje no carnaval juiz-forano, principalmente se tratando das baterias.

Nas décadas de 70 e 80 as baterias de Juiz de Fora tinham grandes influências das escolas do Rio de Janeiro, onde ritmistas vinham completar as baterias de algumas escolas de JF, o que influenciava muito no tipo de batida tradicional de cada agremiação. Exemplo disso, a Mocidade Independente de Padre Miguel que é madrinha da Juventude Imperial.

O tempo foi passando e o Carnaval carioca tem exercido pouca influência no de JF (Ainda há pouquíssima influência). A maioria dos ensaios das escolas ficam vazios, principalmente em agremiações distante do centro da cidade, ou que sua quadra não fica em seu reduto original, como é o caso da Feliz Lembrança, que no ano de 2011 realizou apenas 2 ensaios com a bateria (isso mesmo!), tal situação vai desencadeando um desânimo de seus ritmistas, consequentemente a técnica vai diminuindo e as baterias passam a ser amadoras.

Podemos contar nos dedos quais escolas ensaiam suas baterias em JF, durante todo o ano, ao contrário do RJ e SP que ensaiam a partir de maio e junho, sem ao menos saber qual é o samba de enredo. Serve apenas para entrosamento, melhora na técnica e ensaio de bossas e paradinhas.

O que me chama a atenção é na batida de caixa das escolas de samba da cidade, são duas as mais usadas, que seguem exemplo carioca. Primeiro uma batida base da Mocidade Independente de Padre Miguel outra a batida base União da Ilha do Governador, batidas base porque no RJ essas batidas não são padrões das escolas e é tocado por ritmistas que cansam no meio do ensaio ou desfile ou iniciantes.

Outro ponto a argumentar é sobre o andamento das baterias, ao contrário do RJ e SP, as de algumas agremiações de JF são mais cadenciadas, contudo, temos exemplos de baterias que passaram dos 170 bpm (batidas por minuto) de andamento, onde o ideal para um samba cadenciado é de 140 a 160 bpm, podemos citar a Vale do Paraibuna no ano de 2011, que reeditou um lindo samba da Castelo de Ouro. A bateria acelerou em um samba que foi feito na década de 1970 e com o andamento menos, resultado: não dava pra entender o final do segundo refrão do samba, foi cantado muito rápido devido ao andamento da bateria. Isso se deve pela falta de entrosamento e ensaios. As escolas de samba fecham durante o ano todo e reabrem apenas na época de folia, temos sim ótimos mestres de bateria e ótimos ritmistas, pena que esse grupo é “fechado” e pequeno para participação.

Vamos aguardar o que nos espera neste ano de 2012, pois algumas escolas começaram os ensaios de suas baterias há 4 meses aproximadamente, tempo suficiente para se conseguir entrosamento e aperfeiçoar o andamento. Apesar de alguns problemas para a organização do carnaval, posso dizer que 2012 promete, então vamos apoiar nosso carnaval e comparecer na passarela do samba!

2 comentários:

  1. VALEU, ME AJUDOU MUITO NO MEU TRABALHO SOBRE O CARNAVAL DE JUIZ DE FORA ;D

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  2. Gleyson Custódio o carnaval de juiz de fora cada dia esta melhor adoreii seu documentario Samba no pé, Carnaval em nossas mãos. mas na minha opinião o carnaval de juiz de fora esta ficando melhor cada dia q passa ta ficando competitivooo. parabénss continue assim valorizando o carnaval de juiz de fora

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