Carnaval de 2011em JF: a festa que todo
mundo foi
Em 2011
o carnaval foi diferente. O carnaval foi da gente. Da família.
Sem
dúvida quem participou da folia durante os 15 dias pode notar a diferença em
relação aos anos anteriores. Não elogio apenas o setor público, mas às famílias
que ajudaram a fazer do carnaval uma festa memorável e com menos violência.
Sim, essa foi a folia das FAMÍLIAS. Digo família em referência ao comportamento
dos foliões. Sei que é claro, sempre há brigas durante o carnaval, mas creio
que em 2011 foram em menor escala. O que importou para quem aproveitou foi a
diversão.
O site
“Folia JF” acompanhou os festejos do “Corredor da Folia”. Que iniciativa...
Aproveito para parabenizar a todos da Funalfa, e principalmente ao
superintendente Toninho Dutra. Juiz de Fora conseguiu atrair aqueles que
desdenhavam a folia da cidade. O corredor alternativo começou com um concurso
de marchinhas, Prêmio Nancy De Carvalho que foi um sucesso. Os artistas daqui
puderam mostrar que apóiam as manifestações culturais quando é proposto algo
inovador. Só o local das apresentações que não foi propicio para uma maior
participação popular dos foliões.
O que
dizer do Cordão da Bola Preta, da batalha de confetes, dos shows de
Bangalafumenga, Arlindo Cruz, Monobloco e artistas locais? Quanto público. O
resgate do nosso carnaval esta aí. Atrair quem não vai aos desfiles das escolas
de samba, sem precisar acabar com o que já é tradicional e também tem adeptos.
Na
semana do “Cortejo do Calçadão” a forte chuva impediu algumas coberturas do
site “Folia JF”, mas levamos a informação independente da adversidade.
“Domésticas de Luxo”, “Bloco do Batom”, “Bloco da Imprensa”, “Recordar é
Viver”, “Bloco Pagodão”, “Pintinho de Ouro”, “Bloco do Beco” e “Banda Daki” que
mesmo debaixo de chuva levou 8mil foliões para o desfile, são blocos que a cada
ano engrandecem nosso carnaval.
E os
desfiles das escolas de samba? Devem continuar a existir.
Ainda
mais depois do desfile de 2011. Responsável por um nível superior aos dos
últimos anos. Quanto luxo, quanta beleza. Parece que as agremiações resolveram
gostar mais de fazer carnaval, como antigamente... É tão bom ver as escolas
mostrando o suor do trabalho realizado. A chuva não atrapalhou quem foi
assistir. E na verdade o local onde é realizado os desfiles também é adequado. Aproveito
o comentário do compositor Amilton Damião: “Se em Juiz de Fora tiver um
sambódromo, independente do local, quem gosta de carnaval vai assistir aos
desfiles”. Mesmo sem sambódromo e com chuva, quem gosta da folia juizforana
acompanha e é fiel.
Isso
pode ser notado nos desfiles desse ano. No domingo, dia de apresentações do
grupo A, a chuva atrapalhou apenas o desfile das escolas mirins, que na
terça-feira tiveram que pisar na avenida com as mesmas condições climáticas.
O encantado grupo A
A
Mocidade Alegre entrou na passarela do samba as 21h06min, sem atrasar as outras
agremiações, contando a história das máscaras. O carro abre-alas veio com efeito
sonoro de leão. Último carro representou a apoteose e saltou confetes metálicos
na passarela do samba. A Mocidade desfilou com harmonia e evoluiu bem em toda
passarela. Foi merecedora do campeonato por trazer para o carnaval da cidade
luxo e fantasias bem acabadas.
Em
seguida a Partido do Alto veio falando de carnaval em seu enredo. Fantasias
também bem trabalhadas e samba com toque de cavaquinho fazendo referência ao
fundo musical de circos.
Apesar
das apostas a Mocidade Independente do Progresso não conseguiu colocar na
avenida um grande desfile. Os carros vieram por algum motivo, sem resplendores,
e com problemas provavelmente causados pela chuva. Entretanto a agremiação
merece aplausos ao se tratar de inclusão social. Uma das alas trouxe uma
cadeirante que participou de todo desfile.
Às
01h02min a Unidos do Ladeira pisou na passarela com carros e fantasias luxuosas
fazendo homenagem as mulheres. O enredo “Simplesmente Maria” trouxe carros com
efeitos e fantasias coerentes à proposta. A bateria veio forte. Mas o samba
enredo não agradou o jurado que descontou pontos importantíssimos da
agremiação.
Comissão
de frente com patinadoras, samba no pé, fantasias bonitas, carros bem
trabalhados, vibração do público com o enredo sobre irreverência, samba enredo
fácil. Porque a Juventude Imperial foi rebaixada para o grupo B?
A Real
Grandeza fechou a noite de domingo contando a história da dança. Carros e
fantasias também seguiram o luxo das outras escolas. Mas a agremiação conseguiu
apenas a quarta colocação.
Resumindo
a primeira noite de desfiles foi marcada pelo luxo e grandes apresentações. O
carnaval de Juiz de Fora ganhou muito com o avanço das escolas do grupo de
elite.
Parte 2
Grupo B
também é nota A
As 20h08min iniciou o desfile do grupo C com a
volta da tradicional Turunas do Riachuelo, primeira de Juiz de Fora. A
agremiação com o enredo “Alegria” teve problemas com adereços de alegorias. O
último carro
veio com escultura em homenagem ao sambista Nelson Silva, criador do Batuque
Afro Brasileiro e um dos compositores da escola.
A segunda
agremiação foi a caçula Acadêmicos do Porto Ceciliano. Alguns problemas
dificultaram a escola, que desfilou com apenas uma baiana e trinta componentes
na bateria. Sem mestre sala e porta bandeira, e falta de adereços na comissão de
frente tiraram pontos valiosos, sem contar o atraso de 10 minutos.
A
Acadêmicos do Manoel Honório abusou de fantasias coerentes ao enredo “Cana pra
que te quero”. Mesmo sem verba da Funalfa a escola do grupo C levou para a
passarela muito luxo, o que garantiu o campeonato.
A Rivais
da Primavera foi a última a desfilar pelo grupo C e a segunda colocada. O
carnavalesco Carlos Alberto Rachid conseguiu colocar na avenida um desfile
maravilhoso com samba enredo de fácil assimilação do público.
Dando
prosseguimento a noite de segunda-feira a Unidos das Vilas do Retiro abriu os
desfiles do grupo B. A agremiação foi brilhante. Recém chegada no grupo, a
Vilas do Retiro levou para avenida o enredo “Arte negra na legendaria terras
dos orixás”. Fez bonito com carros grandes e bem trabalhados, a comissão de
frente deu um espetáculo à parte, encenando uma sessão em terreiro de
candomblé. Também merecia o campeonato.
A Feliz
Lembrança, tradicional escola da cidade foi campeã do grupo B, com o enredo em
homenagem a Elke Maravilha. A agremiação do Barbosa Lage apresentou um belo
desfile, como não se via a muito tempo.
Em
seguida a Vale do Paraibuna reeditou o enredo de 1978 da Castelo de Ouro, mas
não conseguiu uma boa colocação, sendo rebaixada para o grupo C. Nem o samba
conhecido por muitos foliões, assegurou a continuidade da escola no segundo
grupo.
A
penúltima agremiação da noite veio forte. A União das Cores homenageou em seu
enredo o sambista juizforano Régis da Vila, com uma boa apresentação. Carros e
fantasias que poderiam dar trabalho para as concorrentes, mas os jurados não
acharam o mesmo. A escola do bairro Milho Branco ficou em quarto lugar.
Viva a
comunidade de Bela Aurora! A Águia de Ouro reeditou o enredo de 2006 em
homenagem a Chiquinha Gonzaga, e foi vice campeã do grupo. Desfilou com
harmonia e teve boa evolução se comparar com os anos anteriores. Mereceu. Ainda
mais pelo esforço da comunidade e do presidente lutador, Sr. Waldelicio
Cordeiro. A agremiação fechou os desfiles oficiais com chave de ouro.
As campeãs, as melhores
O
último dia de desfiles começou com a apresentação das escolas de samba mirins.
A Semente de Bambas foi a primeira a pisar na avenida, depois desfilaram os
grupos de afoxés Niza Nganga Njungo e Filhos de Oyá. A agremiação mirim Império
da Torre fechou as apresentações não competitivas. Infelizmente a chuva impediu
uma maior participação das crianças nas escolas mirins.
Rivais da
Primavera, Acadêmicos do Manoel Honório (grupo C); Águia de Ouro, Feliz
Lembrança (grupo B); Unidos do Ladeira e Mocidade Alegre (grupo A), foram
realmente as campeãs pelos desfiles que apresentaram. Voltaram a passarela na
terça-feira e novamente deram um show.
“Embora
com protestos alheios, a Mocidade era só alegria... A Mocidade desfilou com
todos os efeitos, foliões e popa do primeiro dia. A Mocidade... Alegre...
Merecia.
E o
carnaval de Juiz de Fora? Das cinzas renascia!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário